sábado, 8 de outubro de 2016

ECLESIASTES, MADONNARO E VIDA



Em 08 de outubro realizamos uma oficina com alguns convidados que prestigiaram a exposição “Eclesiastes: a materialidade do Madonnaro. Estiveram presentes 14 adultos e cinco crianças. Iniciamos com uma visita a exposição. Em seguida, debaixo de uma sombra gostosa da amendoeira no pátio da Casa de Cultura, conversamos um pouco sobre a técnica e as obras em exposição. Foi quando colocamos para o grupo a essência das obras. Dissemos sobre a relação do Madonnaro com a vida, no sentido que ambos são efêmeros. Daí a relação com o livro bíblico de Eclesiastes. Relatando sobre o processo de composição das obras destacamos a importância do verniz para que aquelas obras pudessem estar em exposição. Nesse momento, propusemos o verniz como metáfora da memória. Se a vida é efêmera será justamente a memória que permitirá que os momentos sejam eternos. Foi naquele território de memória, a Casa de Cultura de Itaguaí – antes a estação ferroviária –, que o Madonnaro encontrou espaço. Ao início, os participantes se mostraram um tanto reticentes. Mas, não demorou para que as pinturas fossem surgindo em profusão. As crianças aproveitaram ao máximo a oportunidade. A identidade do grupo logo se manifestou. Por se tratar de um grupo oriundo, em sua maioria, da Primeira Igreja Batista de Itaguaí, as pinturas traziam mensagens com simbologias cristãs. Também interessante foi notar que boa parte do grupo preferiu o carvão e o giz em detrimento do tijolo. Acreditamos ter sido esta oficina a primeira ação educativa relacionada diretamente com uma exposição da casa. Ao final, percebemos que cada vez mais o Madonnaro pode se constituir em um interessante suporte para se pensar a arte e a vida.