Hoje aconteceu o segundo
colegiado de Arte da rede municipal de Mangaratiba com vistas a
ajustar a proposta curricular ao que prevê a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). A
reunião se deu no CIEP Brizolão 294 Candido Jorge Capixaba, na
Praia do Saco. Como
recomenda o documento oficial, aproveitando as aulas com o 8º ano,
momentos antes de iniciar o colegiado, propus uma reflexão quanto ao
que previa a proposta curricular. Dispus os objetos de conhecimento e
os objetivos de aprendizagem no quadro e depois fomos lendo e
comentando ponto por ponto. A proposta previa para o segundo bimestre
com as turmas de 8º ano os seguintes objetos de conhecimento: Cor
luz e cor pigmento: análogas, complementares e isocromia;
Romantismo; Ritmo; Movimentos musicais urbanos; e Marchinhas.
Foi
comentando sobre o
Romantismo como sinônimo de “morrer de amores pela terra natal”
que provoquei os alunos sobre como eles apresentariam a cidade de
Mangaratiba a quem é de fora. Os alunos que se dispuseram a falar
responderam: “Não venha para Mangaratiba!”. Ressaltaram
problemas como a insegurança e a poluição. Reparei que nenhum
deles disse dos patrimônios culturais da cidade. O Solar Barão do
Sahy, a Fundação Mário Peixoto, a igreja de N. S. da Guia e outros
patrimônios mangaratibenses não foram citados. Conclusão: os
alunos não conheciam seu próprio território e cultura.
Foi
quando aproveitei para um panorama sobre alguns desses bens culturais
e a possibilidade de explorá-los cognitivamente e também como fonte
de renda. Disse de como eles poderiam atrair pessoas para conhecer
esses patrimônios culturais e o quanto isso poderia gerar receita
econômica para o município e para as famílias. Incentivei-os a
reconhecer a sua ‘terra’ como sinônimo de identidade e pensar
uma atuação social para tentar reverter as situações que eles
mesmos relataram como sendo
problemas.
A
partir disso foi sugerido por mim de acrescentar a Educação
Patrimonial aos objetos de conhecimento do segundo bimestre. Na
verdade, realizar uma ‘transferência’ já que o tema constava no
terceiro bimestre. Os alunos concordaram. Então, a sugestão foi
levado ao colegiado que também aprovou a ‘transferência’.
Assim, nesse segundo bimestre, na rede municipal de Mangaratiba, no
8º ano do ensino fundamental, a Educação Patrimonial será alvo de
debates, discussões, contextualizações e outras possibilidades de
exploração pedagógica. Melhor: na medida do possível, uma decisão
tomada a partir do diálogo entre aqueles que habitam o universo
escolar.
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